Ao recusar a publicação nas sua páginas a textos que, muito directa e criticamente, apreciam opções menos felizes da sua política editorial – e que, por esse motivo, lhe são originalmente dirigidos –, não se espante o jornal «Público» se eles acabarem por vir a lume noutros órgãos de comunicação.
Foi o que sucedeu ao comentário crítico à campanha «Pró-Natal» que ocupou a edição do passado dia 22 de Dezembro (a do dia 24 também…!) daquele jornal e que Carlos Esperança acabou por tornar publico no semanário republicano independente de Coimbra «O Despertar».
Do referido texto destacamos aqui a seguinte – lúcida e oportuna – reflexão:
“Quando o sectarismo religioso está na origem de confrontos sangrentos e actos de terrorismo, mandava o bom-senso que o aprofundamento da laicidade do Estado e a sua defesa pela comunicação social dos países democráticos, servissem de vacina à demente tentativa de submissão a uma verdade única, a livros únicos da fé e às imposições do clero.”
acesso a: arquivo/R&L (pdf)