António José de Almeida

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António José de ALMEIDA

Vale da Vinha, Penacova, Coimbra, 18-07-1866; Lisboa, 31-10-1929

Médico, conspirador anti-monárquico e político republicano

Formado em medicina (1895) pela Universidade de Coimbra, exerceu clínica (1893-1904) em Angola, São Tomé e Lisboa.

Aderiu muito jovem aos ideais republicanos. Foi preso (1890), pela primeira vez, por escrever e publicar (1890, Março), no jornal O Ultimatum, um artigo injurioso contra o Rei – Bragança, o Último. Propagandista e grande tribuno da causa da República, esteve directamente implicado na conspiração de 31 de Janeiro de 1891, militou activamente (desde 1904) no Partido Republicano e, com a intensa actividade política que desenvolveu, contribuiu directamente para a queda do regime monárquico em 5 de Outubro de 1910.

Eleito deputado (1906) ainda antes da proclamação da República, depois da implantação do novo regime, exerceu o cargo de Ministro do Interior (1910-11) no Governo Provisório, foi Chefe do Governo e Ministro das Colónias (1916-17) e Presidente da República (1919-23), tendo sido o único presidente da 1ª República a cumprir integralmente o mandato. Deve-se-lhe a reforma do ensino superior que cria as Universidades de Lisboa e Porto. Colaborou em muitos periódicos e fundou o diário República e a revista Alma Nacional. Formou também o Partido Republicano Evolucionista.

Foi iniciado maçom (1907) no Grande Oriente Lusitano Unido, por comunicação, adoptando o nome simbólico de Álvaro Vaz de Almada e filiando-se na loja Montanha (Lisboa, n.º 214, GOLU). Eleito Grão-Mestre do GOL (1929) para o triénio de 1929-32, não chegou a tomar posse do cargo devido ao agravamento do seu estado de saúde.

Pertenceu igualmente à Carbonária, de cuja Alta Venda era membro à época da proclamação da República.

acesso a: doc/R&L (pdf) | R&L/WIKI